Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral 2023

Dados do Trabalho


Título

ASSOCIAÇAO DA ESPESSURA DO MUSCULO ADUTOR DO POLEGAR E CIRCUNFERENCIA DA PANTURRILHA COM PARAMETROS DE COMPOSIÇAO CORPORAL AVALIADOS POR BIOIMPEDANCIA EM IDOSOS COM FRATURA DE QUADRIL

Introdução

O envelhecimento é acompanhado de demandas específicas, dentre elas, a fratura de quadril que frequentemente cursa com redução de massa muscular, força e sarcopenia. Apesar da bioimpedância elétrica ser amplamente utilizada para avaliação de composição corporal, a avaliação da espessura do músculo adutor do polegar e circunferência da panturrilha podem ser alternativas de determinação de massa muscular.

Objetivos

Analisar se a espessura do músculo adutor do polegar e circunferência da panturrilha associam-se com parâmetros avaliados por bioimpedância a beira leito em idosos com fratura de quadril.

Método

Estudo transversal que avaliou idosos com fratura de quadril por trauma de baixo impacto pré cirurgia. Foram realizadas avaliações demográficas e antropométricas por meio da análise da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) com adipômetro científico (LANGE) considerando ponto de corte de 13,4mm para mão dominante, circunferência da panturrilha (CP) com fita métrica corporal com ponto de corte de 33cm para mulheres e 34cm para homens, teste de força de preensão palmar (FFP) com dinamômetro manual (JAMAR) com ponto de corte de <16kg para mulheres e <27kg para homens e avaliação da composição corporal por bioimpedância elétrica (BIA) (Seca mBCA 525), identificando o índice de massa apendicular (IMMA), massa muscular apendicular (MMA), massa muscular esquelética (MME), ângulo de fase e índice de massa livre de gordura (IMLG). As variáveis foram expressas em média ± desvio padrão ou mediana e percentis. Comparadas, inicialmente de forma univariada e depois por regressão linear, considerando variáveis contínuas. Para os desfechos binários foi realizada regressão logística. Nível de significância de 5%.

Resultados

Incluídos 86 pacientes, com mediana de 81 anos (74-89), sendo 75,6% (65) do sexo feminino. Para as medidas de EMAP a mediana foi 13,5mm (10,7-16) e CP 31,5cm (29-33,7). O EMAP quando comparado ao MMA apresentou significância estatística (p=0,029), MME (p=0,010) e IMLG (p=0,007). A CP quando comparada ao IMMA apresentou (p=0,004), MMA (p=0,001), MME (p=<0,001) e IMLG (p=0,024). CP também relacionou-se com a prevalência de dinapenia (OR=5,128; CI=1,84-14,2; p=0,002) e sarcopenia (OR=5,157; CI=1,62-16,3, p=0,005).

Discussão

Houve relevância estatística quando comparados os dados de EMAP com FFMI, MME, MMA e comparando CP com FFMI, IMMA, MME e MMA, mostrando que EMAP e CP associam-se com parâmetros avaliados por bioimpedância.

Conclusão

Os resultados sugerem que medidas antropométricas de EMAP e CP podem ser úteis na avaliação da sarcopenia, quando os equipamentos mais elaborados, como o de avaliação de bioimpedância não estiverem disponíveis.

Palavras Chave

COMPOSIÇÃO CORPORAL; AVALIAÇÃO NUTRICIONAL; MASSA MUSCULAR; SARCOPENIA; BIOIMPEDÂNCIA;

Área

Nutrição no envelhecimento

Autores

JÉSSICA CAROLINE FERREIRA, THAIS CAROLINE DA SILVA PICCOLI, VICTÓRIA MORALEZ SOARES, VÂNIA FERREIRA DE SÁ MAYORAL, DAVID DO NASCIMENTO PEREIRA, FILIPE WELSON LEAL PEREIRA, DAVID NICOLETTI GUMIEIRO, PAULA SCHMIDT AZEVEDO