Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral 2023

Dados do Trabalho


Título

MANEJO NUTRICIONAL NO DOENTE CRITICO COM MULTIPLAS ABORDAGENS CIRURGICAS COM DIAGNOSTICO DE CANCER DE RETOSSIGMOIDE : RELATO DE CASO.

Introdução

O câncer colorretal (CCR) é a quarta neoplasia maligna mais incidente no Brasil.Os sintomas mais prevalentes são alteração do hábito intestinal e emagrecimento, estando ambos presentes em cerca de 75% dos casos; seguidos de dor abdominal (62,5%), hematoquezia e anemia (37,5%). Dentre isso a terapia nutricional e o acompanhamento nesse perfil de paciente é de extrema importância para garantir a melhora do estado nutricional e consecutivamente melhor adesão ao tratamento da doença, principalmente em estágios mais críticos.

Objetivos

Relatar o caso de um doente crítico com múltiplas abordagens cirúrgicas diagnóstico câncer de retossigmoide

Método

Relato de caso clínico realizado mediante acompanhamento nutricional durante a internação hospitalar na unidade de terapia intensiva ( UTI) e coleta de dados no prontuário físico

Resultados

Paciente, J.D.C, sexo masculino, 81 anos, diagnósticado inicialmente com câncer de retossigmoide deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva após (07/06) laparotomia exploratória + reconfecção de colostomia + reconstrução de parede abdominal ; em (29/06) colostomia a hartman + reconstrução de parede abdominal secundária a evisceração e descencia de anastomose e nova abordagem cirúrgica para retossigmoidectomia com anastomose colorretal evoluindo com quadro de choque circulatório + anemia + hipernatremia.Segundo NRS 2002 em risco nutricional, na avaliação antropometria classificado como obesidade, e CP eutrofia, perda ponderal de 10%.Exames bioquímicos evoluíram com redução de escórias nitrogenadas (ureia e creatinina), anemia e hipernatremia importante. Segundo Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, no doente crítico recomenda-se ingestão calórica entre na fase inicial de 15- 20 Kcal/Kg de peso e oferta proteica de 1,2g/Kg de peso. Paciente já veio da cirúrgia com sonda nasoenteral ( SNE) pórem aberta com drenagem gástrica de 1500ml/ 24h,em uso de droga vasoativa ( DVA) e assitência ventilatória mecânica (AVM).Após estabilização clínica e diminuição do débito, paciente em condições de início de terapia de nutrição enteral (TNE), foi prescrita dieta de teste, evoluindo com quadro de intolerância e nova abertura da SNE, passado sonda nasogástrica, e em discussão com equipe multidisciplinar e cirúrgica optado com início de nutrição parenteral com oferta calórica de 25kcal/ Kg de peso e oferta proteica 1,5 g/ Kg de peso.

Conclusão

A terapia nutricional em pacientes cirúgicos, aliada aos demais tratamentos e equipe multidisciplinar,pode contribuir para melhor avaliação especializada que podem contribuir de forma positiva no desfecho clínico de cada paciente em um UTI.

Palavras Chave

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL; TRIAGEM NUTRICIONAL, DESNUTRIÇÃO, UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA;

Área

Nutrição em UTI

Autores

RAYANNE COSTA PATRIZIA, ANDREA MENEZES CLAUDIA, ESTHER GOMES MARIA