Dados do Trabalho
Título
MANEJO DE GASTROSTOMIAS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEMEM EM UM HOSPITAL PRIVADO DE SAO PAULO: PROJETO DE IMPLEMENTAÇAO DE MELHORES PRATICAS
Introdução
Pacientes em uso de gastrostomias, necessitam de preparo, habilidade técnica e educação permanente de profissionais de saúde no manejo das gastrostomias. Seguindo as melhores evidências no manejo de gastrostomias pelo JBI- Evidence Summary, com grau B de recomendações por opinião de especialistas, destacam: os cuidados com a pele no local de saída do tubo, devem seguir os padrões de cuidados com feridas para a limpeza da pele e documentação; os pacientes com tubo de Percutaneos Endoscopic Gastrostomy (PEG), devem receber suporte nutricional; o acompanhamento com nutricionista, deve ocorrer com maior frequência se houver alteração do quadro clínico ou transição para ingestão oral; o posicionamento do retentor externo do tubo, deve ser examinado e avaliado, assim como, o local do estoma, a pele ao redor e o curativo diário.
Objetivos
Avaliar a conformidade às melhores práticas no manejo de gastrostomias pela equipe de enfermagem em uma unidade semi-intensiva de um hospital privado de São Paulo.
Método
Estudo de implementação de prática baseada em evidências em um hospital privado de São Paulo, seguindo a metodologia JBI com sete fases de desenvolvimento. Das melhores evidências, oito critérios foram analisados antes e após uma intervenção educativa. Os critérios de auditoria foram extraídos do JBI- Practical Application of Clinical Evidence System (PACES), para avaliar as conformidades com a prática clínica. Os critérios auditados foram: os cuidados com a pele no local de saída devem seguir os padrões de cuidados com feridas para limpeza e documentação da condição da pele; a condição e os cuidados com a pele são documentados; o suporte nutricional é fornecido; a nutricionista monitora o paciente para avaliar o estado nutricional; a posição do retentor externo do tubo, local de inserção e a pele ao redor são avaliados diariamente; o comprimento do tubo é medido e avaliado; pacientes e/ou cuidadores recebem educação que inclui informações teóricas e práticas; os pacientes e/ou cuidadores recebem educação em vários formatos (por exemplo: folhetos, vídeos).
Resultados
A auditoria de base avaliou 33 enfermeiros e 90 técnicos de enfermagem, um total de 123 profissionais e 10 prontuários eletrônicos de pacientes em uso de terapia enteral por gastrostomias, a auditoria de seguimento avaliou 37 enfermeiros e 80 técnicos de enfermagem, um total 117 profissionais de enfermagem e 10 prontuários eletrônicos. Houve um aumento na conformidade de 3 critérios para 90% comparado aos demais, que se manteve em torno 20% a 50%. A auditoria de seguimento mostrou a melhora em 5 critérios avaliados, com conformidade máxima 98,75% e mínima 20% em comparação a auditoria de base.
Conclusão
A estratégia de auditoria e feedback promoveu a melhora de conformidade em 5 critérios avaliados. Auditorias futuras serão necessárias para sustentar este resultado.
Palavras Chave
GASTROSTOMIA; CUIDADO; ENFERMAGEM;
Área
Cuidados em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral (vias, técnicas, formulações e outros)
Instituições
Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês - São Paulo - Brasil
Autores
MICHELE COELHO VICENTE, MARIANA BUCCI SANCHES, JEFERSON CASTELANI FABRI, GILMAR FAUSTINO DA CUNHA, LEONARDO DE SOUZA CARVALHO, VILANICE ALVES DE ARAÚJO PÜSCHEL