Dados do Trabalho

Título

ASSOCIAÇAO DO EXCESSO DE PESO DE PRE-ESCOLARES COM AS CONDIÇOES PREGRESSAS DE NASCIMENTO E DE ALEITAMENTO MATERNO E, CONDIÇOES ATUAL DE QUALIDADE DA ALIMENTAÇAO E ESTADO NUTRICIONAL MATERNO

Introdução

A obesidade, com etiologia multifatorial, vem aumentando de maneira pandêmica, trazendo várias complicações na infância e na vida adulta. A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil preconizam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e complementado por 2 anos ou mais, como medida de prevenção para obesidade infantil.

Objetivos

Verificar associação do excesso de peso de pré-escolares com as condições pregressas de nascimento, práticas de aleitamento materno e condições atual de qualidade da alimentação e estado nutricional materno.

Método

Estudo transversal, realizado com crianças de 3 a 6 anos de idade, ambos os sexos, de escolas públicas de um município do Sul Minas Gerais. Foi aplicado questionário abordando variáveis relacionadas a condições de nascimento e gestação, aleitamento materno, dados maternos e consumo alimentar das crianças. Como desfecho, foi avaliado escore-Z do Índice de Massa Corporal para a idade, caracterizando a presença de excesso de peso. Para a avaliação da qualidade da alimentação, os valores das frequencias individuais foram somados e distribuídos em tercis, resultando em duas categorias de qualidade da alimentação. O nível de significância estabelecido é de p <0,05.

Resultados

Amostra constituída de 206 crianças, com média de idade de 65±9,8 meses e, 25,25% apresentou excesso de peso. A principal via de parto foi a cesariana (65,68%). A taxa de amamentação exclusiva por 6 meses foi de 40,78% e de amamentação por 2 anos ou mais foi de 29,61%. Em relação ao consumo alimentar, 57,8% das crianças apresentou uma dieta de baixa qualidade. O excesso de peso da criança apresentou associação significativa com excesso de peso materno (p=0,002), maior idade materna (p=0,032) e baixa qualidade da dieta (p=0,044).

Conclusão

O presente estudo encontrou baixa prevalência da amamentação exclusiva até os 6 meses de idade e da amamentação até os 24 meses e um valor expressivo de excesso de peso nas crianças. O maior valor de Z score de IMC por idade associou-se com idade e estado nutricional materno e baixa qualidade da alimentação da criança.

Palavras Chave

ALEITAMENTO MATERNO; ESTADO NUTRICIONAL , OBESIDADE INFANTIL.