Dados do Trabalho
Título
DIFERENÇAS ENTRE O ESTAGIO DE PRONTIDAO A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE ADULTOS E IDOSOS PORTADORES DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA RECEM-DIAGNOSTICADA
Introdução
Intervenções no estilo de vida, incluindo o aconselhamento dietético, desempenham importante papel na prevenção secundária da doença arterial coronariana (DAC). Entretanto, um grande desafio na abordagem nutricional desses pacientes é a adesão às recomendações nutricionais. Um dos fatores relacionados a adesão é a disposição individual para a mudança que pode ser avaliada pelo Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento (MTMC).
Objetivos
Identificar a disposição para mudança de comportamento alimentar em pacientes que tiveram diagnóstico recente de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) hospitalizados em unidade coronariana a fim de subsidiar estratégias de educação nutricional em ambiente hospitalar.
Método
Estudo observacional e modelo transversal realizado em hospital especializado em cardiologia, em unidade coronariana, com certificado de apresentação para apreciação ética (CAAE) sob número 50330821.5.0000.5462, composto por amostra por conveniência de pacientes hospitalizados para tratamento agudo de IAM, sem história prévia de Doença Arterial Coronariana (DAC), onde foi aplicado questionário para classificação do estágio de prontidão à mudança de comportamento adaptado à alimentação.
Resultados
Foram incluídos no estudo 82 pacientes com idade média de 60,9 + 11,02 anos, composta em 72,0% por homens. A maioria dos pacientes (30,5%) foi classificada em estágio de “manutenção”, seguida por preparação/decisão (26,8%), pré-contemplação (24,4%), recaída (12,2%) e “contemplação” (3,7%). A maior parte dos pacientes coronarianos hospitalizados indica já ter realizado mudanças no comportamento alimentar há mais de 6 meses e a minoria enquadra-se na classificação de contemplação, estágio em que se encontram dispostos a realizar mudanças no futuro a partir das intervenções nutricionais. Tais achados podem estar relacionados ao cenário de terapia intensiva e gravidade da doença. A percepção e atitude do paciente frente ao tratamento terapêutico e a motivação pessoal em relação à conduta são fatores que devem ser considerados pelo nutricionista durante o aconselhamento em cenário de atendimento hospitalar em unidade de assistência intensiva.
Conclusão
Há diferença na classificação do estágio de prontidão à mudança alimentar entre pacientes portadores de DAC. Em cenário de terapia intensiva, observa-se maior parcela dos pacientes com diagnóstico de primeiro IAM dispostos a modificar sua alimentação. Estratégias educacionais adaptadas a cada estágio de prontidão a mudança de comportamento devem ser desenvolvidas e aplicadas nessa população para favorecer a adesão às recomendações nutricionais.
Palavras Chave
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA; ESTÁGIOS DE MUDANÇA; COMPORTAMENTO ALIMENTAR; UNIDADE CORONÁRIA
Área
Nutrição em UTI
Instituições
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - São Paulo - Brasil
Autores
GABRIELA LORENZON WARSCHAUER, LENITA GONÇALVES BORBA, MARIA JOSÉ SANTOS, CAROLINE FERREIRA RIBEIRO, ISABELA CARDOSO PIMENTEL MOTA