Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral 2023

Dados do Trabalho


Título

FATORES DE RISCO PARA A INADEQUAÇAO PROTEICA NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DO RECIFE - PE

Introdução

Um dos maiores problemas em pacientes internados é a desnutrição, especialmente, nas unidades de terapia intensiva (UTIs). A oferta proteica vem sendo defendida em diversos estudos como elemento fundamental para a recuperação do paciente. O estado de estresse e as complicações inerentes ao doente grave desencadeiam alterações multissistêmicas e no metabolismo de macronutrientes levando aumento do gasto energético e a utilização das reservas corporais, principalmente da proteína muscular esquelética.

Objetivos

Avaliar os fatores de risco para a inadequação proteica nas UTIs de um Hospital de Grande Porte do Recife-PE.

Método

Estudo transversal realizado em fevereiro de 2023, com dados registrados em prontuário eletrônico de acompanhamento de terapia nutricional enteral de pacientes, que receberam TNE exclusiva, idade ≥ 18 anos, de ambos os sexos, internados nas UTIs. O estado nutricional foi determinado através do índice de massa corporal (IMC) e a inadequação proteica foi considerada insatisfatória quando a proteína ofertada estava < 80% da necessidade do paciente. Os dados foram tabulados e avaliados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 21.0.

Resultados

Dos 105 pacientes, 58% eram do sexo feminino, apresentavam idade média de 72±15 anos e 42% tinham diagnóstico nutricional de desnutrição pelo IMC. O tempo médio de TNE exclusiva foi de 9,35±8,19 dias, tendo a frequência de dias de administração com aporte proteico inadequado de 27,41% (<80%). Os principais fatores de risco para à interrupção da dieta foram: alteração do trato gastrointestinal (32,14%) como vômito/regurgitação e distensão abdominal; jejum para cirurgia (15,31%); jejum para exame (13,27%); ordem médica (12,24%) e intercorrência clínica (8,16%).

Discussão

Conclusão

Entender melhor os motivos que limitam o alcance pleno da terapia nutricional é de suma importância para a formulação de estratégias que melhorem as condições de oferta e diminuam o déficit proteico-calórico nesses pacientes e, consequentemente, a desnutrição hospitalar. Tais achados serviram de instrumento de uso para as equipes multiprofissionais, permitindo vigiar melhor os fatores de risco, adequar ainda mais a terapia nutricional e recolhecer o papel da nutrição na recuperação do doente grave.

Palavras Chave

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA; FATORES DE RISCO; TERAPIA NUTRICIONAL

Área

Nutrição em UTI

Instituições

Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

GILVANTE TAIS LINO DA SILVA, DENISE BRENDA DA SILVA FERNANDES, FABIANA DE ARRUDA LUCCHESI, YRIS FÁTIMA LOPES DE OLIVEIRA PIMENTEL, PAULA ROBERTA CORDEIRO ALMEIDA, SILENE ALVES PEREIRA, DANUZA FIRMO DE LIMA