Dados do Trabalho
Título
ESTUDO DA VARIAÇAO DO ANGULO DE FASE EM PACIENTES ONCOLOGICOS SUBMETIDOS A GASTRECTOMIAS ELETIVAS POR NEOPLASIA GASTRICA
Introdução
O câncer gástrico (CG), em 2023, é a 5.º neoplasia mais frequente no estado do Amazonas, sendo estimado o diagnóstico 440 novos casos para cada 100 mil habitantes. A neoplasia gástrica, por sua própria apresentação clínica, induz o paciente a um estado nutricional debilitado, visto que pode interferir na absorção de nutrientes pelo trato gastrointestinal, reduzir a fome, e causar emagrecimento. O tratamento curativo principal para essa condição é a remoção do estômago, a gastrectomia, que pelo trauma tecidual, aumenta a resposta metabólica. Por estas razões, é importante que o paciente esteja em estado nutricional eutrófico regular antes do procedimento, a fim de reduzir complicações e aumentar a sobrevida.
Objetivos
Avaliar a evolução do ângulo de fase (AF°) como parâmetro para identificar a associação ao estado nutricional e predisposição ao declínio eutrófico.
Método
O estudo adotou uma abordagem observacional longitudinal. Participantes foram abordados durante a internação para gastrectomias eletivas para tratamento de CG. Critérios de inclusão: idade ≥18 anos, em qualquer estágio TNM, com capacidade física para pesagem e aferição de altura. Participantes indígenas, que faziam o uso de marca-passo, com grandes edemas, ou submetidos a outros procedimentos cirúrgicos de carácter paliativo, foram excluídos da pesquisa. Para avaliação do ângulo de fase, foi utilizado um Pletismógrafo Unifrequencial, da marca Biodynamics BIA 450. Na coleta, o participante foi posicionado em decúbito dorsal, com dois eletrodos posicionados sobre uma mão e 2 sobre um pé, seguindo uma linha imaginária, no lado dominante.
Resultados
Com um n° amostral de 34 participantes, sendo 35% de mulheres e 64,7% de homens. A média do AF pré-operatório foi de 6,1°, enquanto a média do pós-operatório foi de 5,3°. Durante a aferição pré-operatória, também, o desvio padrão foi de 1,26, o ângulo de fase mínimo foi de 3,8°, e o máximo de 9º. Para o pós-operatório, o desvio padrão foi de 1,3, o mínimo aferido foi de 3,0º e o máximo foi de 8,0°. Observa-se que durante o estágio pós-cirúrgico, o desvio padrão menor caracteriza uma resposta mais homogênea, havendo um aumento da instabilidade celular pós-operatória.
Conclusão
Como já sabemos sempre ha de haver uma classificação nutricional baseada na aferição do ângulo de fase, diversos estudos demonstram números mais baixos desta métrica como indicador de baixa sobrevida e piora do estado nutricional em pacientes oncológicos. Há necessidade de realizar maiores estudos para ser possível a classificação do estado nutricional de pacientes oncológicos.
Palavras Chave
IMPEDÂNCIA ELÉTRICA; NEOPLASIA GÁSTRICA; AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Área
Avaliação Nutricional
Instituições
Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas-FCECON/AM - Amazonas - Brasil, Universidade Federal do Amazonas-UFAM - Amazonas - Brasil
Autores
ÁBNER SOUZA PAZ, ANITA RACHEL SILVA PIMENTEL