Dados do Trabalho

Título

MELHORIA NA IDENTIFICAÇAO PRECOCE DO RISCO E INTERVENÇAO NUTRICIONAL, APOS REVISAO DE PROTOCOLO PARA TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL

Introdução

A desnutrição relacionada à doença é prevalente em 20 a 50% da população hospitalizada e está associada a maior incidência de complicações, mortalidade e tempo de internação hospitalar. Além disso, há condições que agravam a desnutrição hospitalar, como triagem, avaliação e intervenções nutricionais inadequadas durante a hospitalização. (CORREIA; WAITZBERG, 2003). A detecção do risco nutricional além de mostrar precocemente sinais de desnutrição, pode indiretamente medir o risco aumentado de morbidade e mortalidade. (NIELS et al.,2004). A intervenção de suporte nutricional em pacientes identificados em risco de desnutrição ou desnutridos pode melhorar os resultados clínicos. (CHARLES et al., 2011).

Objetivos

Medir o impacto de um protocolo para identificação do risco nutricional precoce em pacientes susceptíveis à alta resposta inflamatória, como estratégia para otimizar a intervenção nutricional.

Método

Estudo observacional, retrospectivo, através da análise do banco de dados dos indicadores. Foram considerados para o estudo, os resultados dos indicadores de taxa de risco nutricional e pacientes em risco admitidos na terapia nutricional, no período de janeiro de 2022 a abril de 2023. Comparou-se os resultados da média de 2022, (antes da implantação do protocolo), com a média de 2023 (protocolo já implementado), conforme perfil institucional, o protocolo estabelece critérios para considerar risco nutricional (cirurgias abdominais oncológicas, cirurgia oncológica de cabeça e pescoço, cirurgia cardíaca, cirurgia ortopédica em idosos, transplante de células - tronco hematopoiéticas, transplante de fígado, transplante renal, sepse e idosos frágeis).

Resultados

Foram analisados os resultados da taxa de identificação do risco nutricional nos pacientes e o percentual de pacientes admitidos na terapia nutricional. Nos pacientes admitidos no ano de 2022, a média de identificação de risco nutricional foi de 24%, em 2023 a média foi de 28%, observou-se um incremento de 4%. Com relação a intervenção nutricional, em 2022, 79% dos pacientes com risco tiveram indicação de suporte nutricional, em 2023 essa taxa aumentou para 82%. Esse aumento ocorreu nos pacientes que receberam suplementação nutricional oral, onde ocorreu acréscimo de 21,15%. A identificação inicial da necessidade de suplementação oral, passou a ser mais criteriosa, considerando a demanda metabólica dos pacientes, evitando deterioração do estado nutricional e progressão para indicação de suporte nutricional enteral, pois houve um decréscimo de 13,61% nos pacientes que receberam suporte nutricional via sonda nasoenteral.

Conclusão

A sistematização do processo, através da implementação do protocolo com critérios para estabelecer risco nutricional em pacientes com alta resposta inflamatória, teve um impacto positivo na identificação do risco e intervenção nutricional precoce.

Palavras Chave

RISCO NUTRICIONAL; DESNUTRIÇÃO; INTERVENÇÃO NUTRICIONAL; SUPORTE NUTRICIONAL