Dados do Trabalho
Título
MANEJO NUTRICIONAL NO DOENTE CRÍTICO COM DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIA LINFOCITICA CRÔNICA DE CELS. B REICIDIVADA: RELATO DE CASO.
Introdução
A LLC-B é uma doença de maior prevalência no idoso, caracterizada pelo acúmulo de linfócitos B no sangue periférico, medula óssea e órgãos linfóides sólidos. Por ser é uma doença clinicamente heterogênea. Pacientes apresentam essa doença catastrófica, de rápida evolução, e de difícil controle terapêutico. Dentre isso a terapia nutricional e o acompanhamento nesse perfil de paciente é de extrema importância para garantir a melhora do estado nutricional e consecutivamente melhor adesão ao tratamento da doença, principalmente em estágios mais críticos.
Objetivos
Relatar o caso de um doente crítico com diagnóstico de Leucemia Linfocitica Crônica de Cels B recidivada.
Método
Relato de caso clínico realizado mediante acompanhamento nutricional durante a internação hospitalar na unidade de terapia intensiva ( UTI) e coleta de dados no prontuário físico.
Resultados
Paciente, C.B.B, sexo feminino, 79 anos, portadora de Leucemia linfocitica crônica tratada em 2017, evoluindo com uma recidiva em 2019, foi admitida na UTI dia 16/06/23 com EG grave, em uso de máscara de oxigênio, algo desorientada (ECG 14), porém estável hemodinamicamente sem necessidade de DVA. Segundo NRS NRS 2002, paciente apresenta risco nutricional .Quanto a antropometria, classificada como desnutrição grave de acordo com IMC (OMS, 2005) e depleção grave com %CB:69% em relação a circunferência braquial (Frisancho, 1990) e circunferência da panturrilha de 24cm, no momento da admissão, classificando com depleção proteica. Exames bioquímicos mostraram anemia importante e plaquetopenia. Conforme discutido em equipe multidiscipinar devido ao contexto clínico foi indicado passagem de SNE precoce. Em 18/06/2023 paciente evolui com piora devido a quadro de choque séptico de foco respiratório, em uso de droga vasoativa ( DVA) e assistência ventilatória mecânica (AVM). Em 20/06/23 após estabilização clínica e paciente me condições de início de terapia de nutrição enteral (TNE), foi prescrita dieta enteral polimérica com volume inicial em BIC:30ml/h, evoluindo com boa tolerância intestinal sem intercorrências de: diarreia, regurgitações e distensão abdominal, com progressão da dieta em 22/06/23 para 50ml/h com oferta calórica de 25kcal/ Kg de peso e oferta proteica com modulação de 1,2g/ Kg de peso. Em nova avaliação paciente teve ganho em CP ( sem edema), vale ressaltar que a mesma estava sendo acompanhada com fisioterapia motora.
Conclusão
A terapia nutricional precoce especializada, aliada aos demais tratamentos e equipe multidisciplinar, pode ter contribuído para boa evolução especialmente a oferta de energia necessária dentro das recomendações , proteínas em quantidade tolerável pelo paciente em terapia intensiva, sendo essencial o papel do nutricionista neste contexto, realizando as avaliações e conduzindo de forma adequada a terapia nutricional.
Palavras Chave
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA; TERAPIA NUTRICIONAL, AVALIAÇÃO NUTRICIONAL; TRIAGEM NUTRICIONAL, DESNUTRIÇÃO.
Área
Nutrição em UTI
Autores
RAYANNE COSTA PATRIZIA